NOSSA VERDADEIRA EXISTÊNCIA

Do livro "O Caminho Infinito" de Joel S. Goldsmith. Nos enganamos se pensamos que a nossa verdadeira existência é tudo o que podemos saber através de nossos 5 sentidos físicos.  Na verdade, os 5 sentidos nos proporcionam o conhecimento somente da aparência, em nível físico, material. Então, o que é a nossa verdadeira existência?


Nossa verdadeira existência é como o espírito, e só abandonamos o falso sentido de vida material na medida em que percebemos isto.  Vemos então que a vida física, do homem, do animal e da planta não passa de um sentido enganoso da existência; aquilo que geralmente nos preocupa com as chamadas necessidades da vida material é, de fato, desnecessário; que embora todas as belezas que contemplamos apontem para uma criação de Deus, elas não são a criação espiritual e perfeita de Deus; que as aparências de doença, de envelhecimento e morte não fazem absolutamente parte da vida real.  Quando atingimos este estado de consciência, começamos a ter vislumbres da eterna existência espiritual, intocada pelas condições materiais ou pensamentos mortais.  Quando damos as costas para o mundo sensorial, que podemos ver, ouvir, cheirar, saborear e apalpar, temos visões inspiradas que nos mostram a terra como criação de Deus.


No trabalho de cura, temos de dar as costas para o mundo físico, assim como o vemos. Temos de lembrar que não fomos chamados para curá-lo, para mudá-lo, para corrigi-lo ou salvá-lo; temos de perceber, antes de mais nada, que ele existe só como uma ilusão, como um sentido da vida totalmente falso. E deste ponto elevado de consciência, nós olhamos, através do sentido espiritual, para a "casa que não foi construída com as mãos, eterna no céu".

Temos o hábito de considerar certas pessoas como bons provedores, bons merecedores, bons vendedores ou curadores.  Entendamos isso corretamente. Nunca é uma pessoa, e sim um estado de consciência, que cura, que regenera, que pinta, escreve, ou compõe.  O estado de consciência se manifesta a nós como pessoa por causa do conceito finito que temos de Deus e do homem.  Ficamos com frequência desapontados quando alguém não corresponde ao quadro que formamos dele. E isto porque lhe atribuímos as boas qualidades de consciência; e quando a pessoa não preenche tais qualidades, que nós acreditamos erroneamente serem sua personalidade, sofremos.

Na Bíblia, nos deparamos com as figuras de Moisés, de Isaías, de Jesus e de Paulo. Percebemos que Moisés representa o estado de consciência chefe, ou liderança; Isaías nos apresenta a profecia; Jesus mostra a consciência messiânica, ou a Graça da salvação e da cura; e Paulo traz a consciência do mensageiro, do pregador ou mestre. Contudo, sempre se trata de um estado de consciência específica que se manifesta a nós como homem.

George Washington representa certamente a consciência da integridade nacional; Abraham Lincoln, a consciência da integridade e da igualdade individuais.

Pensando em nós mesmos, esqueçamos nossa natureza humana com suas qualidades humanas e tentemos compreender o que nós representamos como consciência, para então perceber que esta consciência que se expressa como nós é também o que nos mantém e faz prosperar nosso empenho.

O fracasso ocorre frequentemente por causa da descrença de que nós somos a expressão de Deus, ou da Vida, ou da Inteligência ou das qualidades divinas.  Isso nunca é verdade.  Deus, ou a Consciência, expressa eternamente a Si mesmo e Suas qualidades.  A consciência, a vida, o Espírito, nunca pode falhar.  Nossa tarefa é aprender a relaxar e deixar que nossa Alma se manifeste.  O egoísmo é a tentativa de ser ou de fazer algo pelo esforço pessoal físico ou mental.  O não nos preocupar é nos privar do pensamento consciente e deixar que as idéias divinas preencham nossa consciência.  Uma vez que somos Consciência espiritual individual, podemos sempre confiar que a Consciência realize a Si mesma e a Sua missão.  Somos expectadores e testemunhas desta divina atividade da Vida que realiza e manifesta a Si mesma.

Cada vez mais devemos nos tornar expectadores ou testemunhas. Temos de ser observadores da Vida e Sua harmonia. A cada manhã temos de acordar ansiosos para ver um novo dia que revele e desdobre, a cada hora, novas alegrias e vitórias.  Diversas vezes por dia temos de perceber conscientemente que estamos testemunhando a revelação da Vida eterna, o desdobramento da Consciência e de Suas infinitas manifestações, da atividade do Espírito e de Suas grandiosas formas. Em cada situação do nosso dia-a-dia, aprendamos a ficar por trás de nós mesmos e ver Deus ao trabalho, testemunhar a ação do Amor nas nossas vicissitudes e esperar que Deus Se revele em tudo que nos rodeia.

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