O OBJETIVO DE TODOS OS RELACIONAMENTOS HUMANOS


Do livro "Conversando com Deus" (Livro II) de Neale Donald Walsch.  O tempo todo nos relacionamos com os outros e com as situações. E, sem notar, estamos criando quem somos !


O OBJETIVO DE TODOS OS RELACIONAMENTOS HUMANOS

D - Em outras palavras, a primeira pergunta quando você encontra uma pessoa em qualquer circunstância deveria ser sempre: o que eu desejo aqui?  Você ouviu isso? Sua primeira pergunta tem de ser sempre: o que eu desejo aqui? E não: o que a outra pessoa deseja aqui?

N - Esse é o insight mais fascinante que me foi fornecido sobre o modo de proceder nos relacionamentos humanos. Vai contra tudo que sempre me ensinaram.

D - Eu sei. Mas o motivo pelo qual seus relacionamentos estão tão confusos é que você sempre tenta descobrir o que a outra pessoa deseja e o que as outras pessoas desejam -- em vez do que você realmente deseja. Então, tem de decidir se deve dar isso a elas. E é assim que decide: vendo o que pode desejar delas. Se acha que não deseja coisa alguma delas, o principal motivo para dar-lhes o que desejam desaparece, e você raramente lhes dá. Se, por outro lado, acha que há algo que deseja ou pode desejar delas, seu instinto de sobrevivência se manifesta e você tenta dar-lhes o que desejam. Depois você se ressente disso -- especialmente se a outra pessoa acaba não lhe dando o que você deseja. 

Nesse Jogo de Interesses você estabelece um equilíbrio muito delidado. Satisfaça as minhas necessidades e eu satisfarei as suas.

Contudo, o objetivo de todos os relacionamentos humanos -- entre nações, assim como entre indivíduos -- não tem nada que ver com isso. O objetivo de seu Relacionamento Sagrado com as outras pessoas, os outros lugares ou as outras coisas não é descobrir o que desejam ou do que precisam, mas o que você deseja ou do que precisa agora para evoluir, ser Quem Deseja Ser.

É por isso que Eu criei Relacionamentos com outras coisas. Se não fosse assim, você poderia ter continuado a viver em um vácuo, em um vazio, na Totalidade Eterna de onde veio.

Contudo, na Totalidade você simplesmente é e não pode experimentar sua "consciência" como algo em particular porque, na Totalidade, não há nada que você não seja.

Então Eu inventei um modo de você se recriar e Saber Quem É em sua experiência. Fiz isso fornecendo-lhe:
  1. A Relatividade -- um sistema no qual você pode existir como uma coisa em relação a outra.
  2. O Esquecimento -- um processo pelo qual você se submete voluntariamente à amnésia total, para que não possa saber que a relatividade é apenas um truque, e que você é Tudo.
  3. A Consciência -- um estado de Ser no qual você evolui até ter a consciência plena e tornar-se o Deus Verdadeiro e Vivo, criando e experimentando sua própria realidade, expandindo-a e explorando-a, mudando-a e recriando-a à medida que vai expandindo a sua consciência até novos limites -- ou digamos, a ausência de limites. Nesse paradigma a Consciência é tudo. A consciência -- aquilo de que você realmente está consciente -- é a base de toda a verdade e, portanto, de toda a verdadeira espiritualidade.
N - Mas qual é o objetivo disso tudo? Primeiro o Senhor nos fez esquecer de Quem Somos, para que possamos nos lembrar de Quem Somos?

D - Não é bem assim. Para que vocês possam criar Quem São e Quem Desejam Ser.

Esse é o ato de Deus ser Deus. Sou Eu sendo Eu -- por intermédio de você!

Esse é o objetivo de toda vida. Por seu intermédio, Eu experimento ser Quem e O Que Sou. Sem você, Eu poderia saber disso, mas não experimentá-lo. Saber e experimentar são duas coisas diferentes. Eu sempre escolherei experimentar. De fato, faço isso. Por seu intermédio.

N - Eu acho que perdi o fio da meada aqui.

D - Bem, é difícil manter Deus preso a um assunto. Eu tendo a me expandir. 

Vamos ver se podemos voltar um pouco. Ah, sim -- o que fazer em relação aos menos favorecidos. Em primeiro lugar, decidir Quem e O Que Você É em relação a eles. Em segundo, se você decidir que deseja experimentar-se como sendo Ajuda, Amor, Compaixão e Dedicação, veja como pode ser essas coisas de uma forma melhor.

E note que a sua capacidade de ser essas coisas não tem nada que ver com o que as outras pessoas estão sendo ou fazendo. Às vezes o melhor modo de amar e ajudar uma pessoa é deixá-la em paz ou dar-lhe poder para ajudar a si mesma.

Isso é como um banquete. A vida é um grande prato e você pode dar-lhe uma grande oportunidade de se servir.

Lembre-se de que a maior ajuda que você pode dar a uma pessoa é fazê-la despertar, lembrá-la de Quem Realmente É. Há muitos modos de fazer isso. Às vezes com um pouco de ajuda; um empurrão, uma sacudidela, uma cutucada ... e em outras ocasiões com uma decisão de deixá-la seguir o seu rumo, trilhar o seu caminho, sem qualquer interferência ou intervenção de sua parte. (Todos os pais conhecem essa opção e sofrem diariamente com ela).

O que você tem a oportunidade de fazer pelos menos favorecidos é relembrá-los. Isto é, fazê-los ter uma Nova Opinião sobre si mesmos. E você também tem de ter uma Nova Opinião sobre eles, porque se você os considerar desventurados, eles o serão.

O grande dom de Jesus era ver todas as pessoas como realmente eram. Ele se recusava a se guiar pelas aparências; a acreditar no que as outras acreditavam em relação a si mesmas. Sempre teve um pensamento superior, e convidou as outras pessoas a tê-lo.

Contudo, Jesus também respeitou o que as outras pessoas escolhiam ser. Não exigia que elas aceitassem a sua idéia superior, apenas a expunha como um convite.

Ele também tinha compaixão -- e se as outras pessoas escolhessem ver-se como Seres necessitados de ajuda, não as rejeitava por sua avaliação falha, mas permitia-lhes amar a sua Realidade -- e as ajudava carinhosamente a experimentar a sua escolha.

Porque Jesus sabia que para alguns o caminho mais rápido para Quem Eles Eram era o caminho por meio de Quem Eles não Eram. Ele não considerava esse caminho imperfeito e, portanto, o condenava. Também o via como "perfeito" -- e por isso apoiava todos os que eram quem desejavam ser.

Por esse motivo, todos os que pediam ajuda a Jesus a recebiam. Ele não a negava a ninguém -- mas tinha sempre o cuidado de fazer com que a ajuda que dava satisfizesse ao desejo pleno e honesto da pessoa.

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